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20
janeiro
2017

Beija-Flor, Maravilhosa e Soberana

[vc_row][vc_column][vc_column_text]WIGDER FROTA

wigder-frotaÉ Ela, a Deusa da Passarela, um festival de prata em plena pista.
É Ela, a Rainha do luxo, o rolo compressor, o sorriso alegre do sambista.
É Ela, que sonhou alto com João e, com o Rei da Saturnália, nos fez delirar na “Criação do Mundo”.
É Ela, o ninho de Neguinho, Selminha, Pinah, Claudinho, Neide, Papai, Capeta e tantos outros bambas.
É Ela, é Beija-Flor.

O carinho que tenho por essa agremiação é único, pois com ela convivi no meu início de “carreira de sambista”, com ela desfilei pela primeira vez no Sambódromo, em 1984, ao som de “O Gigante em berço esplêndido”, com ela conheci João.

Ah, João Trinta… é impossível falar da Beija-Flor sem lembrar do Mestre, sua paixão e seus delírios. Ele me chamava de “arroz de festa”, título dado às pessoas que só apareciam na comunidade durante o carnaval, para desfilar.

Por ela desfilei várias vezes… fiquei quase pelado em “Todo mundo nasceu nu”, delirei na comissão de frente de “A Lapa de Adão e Eva”, me acabei em “As mágicas luzes da Ribalta.

Não tive a sorte de ser seu mendigo em “Ratos e Urubus”, provavelmente um dos desfiles mais marcantes da escola, mas lavei a alma no temporal que nos abençoou em “O mundo é uma bola”.

Com o passar do tempo, deixei a carreira de desfilante para me dedicar à arte da fotografia mas, mesmo assim, a Beija-Flor nunca deixou de me encantar e me levar ao delírio com seus carnavais antológicos.

Dentre tantos momentos inesquecíveis, destaco dois que marcaram a minha memória em carnavais recentes:
“A saga de Agotime, Maria mineira Naê”, um carnaval arrebatador; e “Áfricas – Do berço real à corte brasiliana” este que, para mim, continua sendo o melhor desfile do século XXI.

O meu encanto com a Beija-Flor continua à flor da pele e já estou ansioso para ver o seu desfile em 2017. Não vejo a hora de me juntar a seus torcedores e com eles cantar o contagiante “Juremê, Juremá”, um dos melhores sambas do ano.

É Ela, forte, inesquecível, arrebatadora.
É Ela, Maravilhosa e Soberana.
É Ela, é Beija-Flor.

VIVA A DEUSA DA PASSARELA!!!

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DECLARAÇÕES

“Porque é muito mais que samba, é família, é aprendizado constante, é união, é compartilhar de um sentimento incondicional… Ser Beija Flor é ter o brilho no olhar de quem acredita fielmente em sua escola, que para muitos é um dos únicos momentos de felicidade dessa “brava gente sofrida da baixada”, momento de extravasar, de esquecer as mazelas do dia a dia, de viver a fantasia…
Beija Flor, muito mais que uma escola de samba, uma escola pra vida!! Amo minha escola e sua história social e no carnaval!

#Amor #Admiração #Respeito
(Leonardo Tenreiro – Torcedor)

“Dos grandes amores dessa vida, existem aqueles que, de tão fortes e tão intensos, se tornam indescritíveis. A Beija-flor me cobriu de flores, alegrias e luz. Preencheu o mais lindo e especial espaço de meu coração, e hoje, ao olhar toda essa trajetória de amor, o que sinto é a realização de todos esses momentos me tornarem uma pessoa muito mais feliz! É a minha escola, é a minha vida, é o meu grande amor.”
(Talles Beija-Flor – Torcedor)

“Então vamos falar de amor e, nesse caso, um dos maiores amores da minha vida, a minha Beija-Flor!
Como toda história de amor, essa não teve um início fácil. Pra começo de conversa, nasci em Recife, a terra do frevo. Ainda criança, em função da carreira militar do meu pai, fui morar em Salvador e ver o povo correr atrás do trio elétrico… Só ver mesmo, porque a minha fascinação e atenção, desde então, sempre estavam voltadas para TV, para o maior espetáculo da Terra. Também, uma criança que dormia embalada pelo pai cantando Mangueira 1976 – ‘No Reino da Mãe do Ouro’ – não podia gostar de outra coisa.
Lembro perfeitamente que, naquela época, só eu e mais dois colegas de escola fazíamos a loucura de passar a madrugada toda vidrados, prestando atenção na telinha. Como toda criança, era um sacrifício acordar, mas a minha avó sempre me despertava e dava tempo de ver alguns desfiles, mas sem nenhuma paixão específica.
Em 1982, durante as férias escolares em Recife, uma tia minha que desfilava numa escola de samba local me levou para assistir aos desfiles de lá. Lembro que voltamos correndo pra casa para poder ver os desfiles das “escolas grandes” do Rio de Janeiro. Cheguei sem muita expectativa, mas a tempo de me apaixonar perdidamente. Era a Beija-Flor na avenida! A Beija-Flor do grande GÊNIO Joãosinho Trinta e que, naquele ano, nos mostrava com seu habitual brilhantismo o enredo “O Olho Azul da Serpente”. Não deu outra, foi amor à primeira vista!
Voltei pra Salvador com uma grande novidade pra contar para os meus dois amigos de escola, Marcelo e Zilma: eu já tinha a minha escola de samba! Era ela, só podia ser ela… a Deusa da Passarela!
Depois disso – numa era pré-internet, aonde as notícias de Carnaval só chegavam, quando chegavam, às vésperas da grande festa – , era uma correria pra tentar ter alguma notícia do que rolaria no Rio. Colecionávamos LP’s, revistas e recortes de jornais… e acalentávamos o sonho de um dia vir para a Cidade Maravilhosa ver a festa.
Um certo dia, meu pai recebeu a notícia de que seria transferido para o Rio. Meu coração se encheu de vários sentimentos: a tristeza de deixar pra trás meus amigos de uma vida toda (dos quais sou amigo até hoje) e alegria de poder ver a Beija-Flor de perto e até, quem sabe, poder desfilar um dia.
Lembro que chegamos ao Rio no dia do desfile da Beija-Flor: o ano era 1990, ‘Todo Mundo Nasceu Nu’, ainda sob a batuta do mestre Joãosinho Trinta. E aí começava a minha saga e a concretização de uma história de amor.
Como ainda não trabalhava, só consegui desfilar a primeira vez em 1992, por acaso, o último ano do mito J30 na minha escola. E já começou traumático: a saída dele e um nada honroso sétimo lugar, num enredo que falava sobre a televisão – e que alguns anos mais tarde, se repetiria num outro enredo que tinha a TV como cenário, mas mudemos de assunto… rsrs
Antes do carnaval porém, tinha os ensaios na quadra, e eu morava em São Gonçalo. Época de vacas raquíticas. Perdi as contas de quantas vezes eu e minha prima Janaína dormimos na Rodoviária de Nilópolis, já que não podíamos voltar pra casa, pois não tínhamos carro e muito menos dinheiro pro táxi… mas dormíamos amarradíssimos, felicíssimos. Se isso não for amor, não sei mais o que é.
De lá pra cá, já entrei na avenida mais de duas dezenas de vezes pela minha escola. Conheci os melhores e maiores amigos do mundo numa lista de discussão por e-mail. Já tatuei esse amor em mim, em forma de refrão de um samba antológico. Já entrei tão feliz e chorando tanto de emoção a ponto de não poder cantar. Já entrei também muito puto da vida a ponto de, morrendo de raiva, não cantar absolutamente nada. Já saí da avenida campeão e os envelopes me frustraram na quarta-feira de cinzas. E já comemorei muito, mas muito mesmo com os vários títulos conquistados.
Ganhei também o amor e o carinho do meu primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Claudinho e Selminha Sorriso, que, em 2013, me convidaram para ser seu apoio. E eu (que até então tinha passado por alas comerciais e conhecido pessoas incríveis, que migrei para as alas de comunidade e conheci outro tanto de pessoas incríveis), agora estava numa nova posição de desfile, com uma outra responsabilidade, com desafio diferente. E não um desafio qualquer, mas o maior presente do mundo, que era poder contemplar os meus ídolos, na minha escola, num amor que se renova a cada quarta-feira de cinzas. Cinzas essas que eu acho que devem ser de alguma fênix, pois esse amor renasce a cada ano mais forte e mais bonito, mostrando toda a sua força a cada vez que o grande Neguinho da Beija-Flor entoa os primeiros acordes de ‘A Deusa da Passarela’ e a cada grito de “Olha a Beija-Flor aí, gente!”. É sim, e pra sempre, “uma história de amor, meu amor…”
(Ivson Monteiro de Gusmão – Torcedor e apoio de Selminha Sorriso e Claudinho)

“O amor pela Beija-Flor é algo sublime, que transcende a própria existência e essência pessoal. Ver aquele festival de prata, azul e todas as suas cores em plena pista, seja com o toque da bateria ou o desfile da escola, é a afirmação de nossa paixão, que toca o coração, que faz com que nos reencontremos com a verdade que é tida por absoluta, que temos orgulho de seguir e acreditar com fé. É esse sorriso alegre e soberano que traz a certeza de um sentimento tão intenso, tão próprio, que acalenta, conforta…. a gratidão por tanta explosão de felicidade em vários momentos da vida. A realização de sonhos guardados o ano inteiro, o carinho em proteger e cuidar dessa devoção à Deusa da Passarela é a certeza do amor que preenche e completa o espírito e o ser. Beija-Flor, minha escola, minha vida, meu amor, razão do meu cantar feliz.”
(Iridio Sérgio – Torcedor)

“Amor e Beija-flor são palavras que casam em minha vida.
Sou baiano, de Salvador, desde pequeno apaixonado pela Beija-flor.
Como sempre fui fascinado pela cultura da Bahia, assistia muitos desfiles que homenageavam meu estado, mas quando olhava as transmissões e via a Beija-flor tomando a avenida, meu coração só faltava sair do peito.
Fui crescendo, me apaixonando, pesquisando mais sobre escola, e hoje sou dono da página Beija-flor Memórias. No Instagram, posto fotos e vídeos dos desfiles da escola que amo, em uma forma de carinho e admiração pela agremiação que canta a natureza, os lugares, as culturas e saúda aquilo que nos faz ter orgulho de ser brasileiro.
Ser Beija-flor não é simplesmente saber cantar os sambas, é se arrepiar com o que se vê e o que se ouve. A Beija-flor é e sempre será uma das maiores paixões da minha vida.”
(Isaac Argolo – torcedor e criador do blog “Beija-Flor Memórias”)

“Torço por essa escola maravilhosa desde 1978, quando eu tinha apenas 9 anos de idade. Entretanto, em 1981, pela TV assisti todos os desfiles ao vivo e fiquei quase hipnotizado quando apareceu aquele maravilhoso abre alas dos Jardins suspensos da Babilônia.
Se existia algum vestígio de dúvida em relação à minha torcida pela escola (acho até que não existia, mas “se”), ele foi pulverizado, aniquilado, naquele exato instante. Alí eu soube, mais do que nunca: ESSA É A MINHA ESCOLA. Destino selado, fato consumado, a Beija-Flor era minha e eu era dela… para sempre!! Obrigado Beija Flor pelos incontáveis e imensuráveis momentos de fascínio e felicidade que você me proporcionou! Dunga Tara Sinherê!!”
(Wallace Menezes-Torcedor)

“Projetada ao mundo a partir dos delírios criativos de Joãosinho Trinta, a Beija-Flor se apresentou pra mim não só como exemplo de opulência visual que parecia rasgar a tela da TV e invadir todos os meus sentidos. Fora os seus nítidos valores de disciplina e organização, salta aos olhos o certificado de dignidade da “brava gente sofrida da Baixada”, pessoas que cumprem seu ritual sagrado de rumar até a quadra, ensaiar exaustivamente (e exclusivamente) para a vitória e justificar o porquê de seu puro sangue azul e branco na Sapucaí. Dizem que a Beija-Flor colocou Nilópolis no mapa. Se isso é verdade, eu agradeço e muito. O capital humano daquela cidade é uma apoteose.”
(Rafael Menezes – Torcedor)

“Soberania e realeza.
Luxo e força.
Vida é amor. Adjetivar minha paixão é fácil. Difícil é não derramar lágrimas ao ver o vôo desse pássaro sagrado, ao som do tambor que ecoa em minh’alma o ano inteiro, e ainda ouso dizer, pela vida inteira! Beija Flor, minha escola. Minha vida. Meu eterno amor!”
(Jorge Júnior – Torcedor)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_gallery type=”image_grid” images=”19968,19969,19970,19971,19972,19973,19974,19975,19976,19977,19978,19979,19980,19981,19982,19983,19984,19985,19986,19987,19988,19989,19990,19991,19992,19993,19994,19995,19996,19997,19998,19999,20000,20001,20002,20003,20004,20005,20006,20007,20008,20009,20010,20011,20012,20013,20014,20015,20016,20017,20018,20019,20020,20021,20022,20023,20024,20025,20026,20027,20028,20029,20030,20031,20032,20033,20034,20035,20036,20037,20038,20039,20040,20041,20042,20043,20044,20045,20046,20047″][/vc_column][/vc_row]

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