C.C. Cartola homenageado na Câmara Municipal

Nilcemar Nogueira na frente do Museu do Samba antigo Centro Cultural CartolaO próximo Dia Nacional do Samba, a ser comemorado quarta-feira. 2 de dezembro, não será igual àquele que passou. Pelo menos para o Centro Cultural Cartola e para a pesquisadora Nilcemar Nogueira, neta de Dona Zica e de Cartola e fundadora da instituição que se tornou referência para o samba carioca. Nesta data tão emblemática para os sambistas, o Centro Cultural Cartola receberá, por iniciativa do vereador Jimmy Pereira, a Medalha Pedro Ernesto, honraria máxima concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Na mesma noite, Nilcemar Nogueira recebe a Medalha Chiquinha Gonzaga, concedida a personalidades femininas de reconhecido destaque em prol de causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais.
A solenidade começa às 18h e terá participação da nata dos sambistas cariocas. Membros do Conselho do Samba do Rio de Janeiro estarão presentes, entre eles os baluartes Tia Surica, Zé Katimba, Tiãozinho Mocidade e Aloísio Machado. Escolas de samba cariocas enviarão seus casais de mestre-sala e porta-bandeira e a Velha Guarda da Mangueira fará um pequeno show para os convidados.
“Ao longo de 15 anos, o Centro Cultural Cartola tem trabalhado para difundir o conhecimento sobre o samba, dando vez e voz aos detentores do maior bem cultural do nosso país. Esta homenagem chega em um momento oportuno, que marca o início das comemorações dos 100 anos do samba e dos 15 anos de existência do CCC. É ainda o momento em que o CCC tem ampliado sua missão institucional, agora como Museu do Samba”, comemora Nilcemar Nogueira.
O Centro Cultural Cartola foi fundado em 2001 por Nilcemar Nogueira, neta do compositor. Inicialmente debruçado sobre a memória do sambista e sua obra antológica, o Centro Cultural Cartola foi se tornando referência em pesquisa, preservação de memória, guarda e mostra de acervos, além de atividades culturais e musicais focadas no samba carioca. Em 2007, pesquisa conduzida pelo Centro Cultural serviu como base para o reconhecimento, pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), do samba carioca como Patrimônio Cultural do Brasil.
Após consultoria patrocinada pela Fundação Ford, ao longo de 2015, a instituição passou a se chamar Museu do Samba, consolidando assim um perfil que já vinha desenvolvendo na prática. Entre as atividades institucionais do Museu estão exposições fixas, temporárias e itinerantes, projetos com as redes pública e particular de ensino, rodas de samba de terreiro e partido alto, eventos gastronômicos, guarda de acervos pessoais e coleta de depoimentos audiovisuais de personalidades ligadas à produção artística e cultural do gênero e das escolas do samba.
Nilcemar Nogueira coordenou a pesquisa de reconhecimento do Samba Carioca como Patrimônio Imaterial do Brasil e é responsável pelo programa de salvaguarda do samba carioca, que visa ao resgate das tradições e costumes da cultura afro-brasileira. É Doutora em Psicologia Social (UERJ) e Mestra em Bens Culturais e Projetos Sociais (FGV). Atualmente desenvolve programas e projetos sócio-educativos no Museu do Samba do Rio de Janeiro.

Veja Também

Artigos Relacionados

Categorias

Navegue por Assunto

Recentes

As Últimas da Arquibancada