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Dudu Nobre: “Esse ano, eu sou Tijuca”
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Um dos compositores do hino que a Unidos da Tijuca levará para o Carnaval de 2016, o sambista Dudu Nobre foi categórico ao confirmar e apontar que um bom samba precisa se encaixar na cadência da bateria da escola e que, além disso, para a composição, é necessário muito estudo: “Hoje, alguns compositores se preocupam em fazer refrão. E samba não é só refrão. Samba tem que ter colocação de primeira, colocação de segunda, você tem que fazer um samba que caiba dentro da levada da bateria. Isso tudo é estudado. Em todo lugar que vou fazer um samba, faço um estudo primeiro para depois fazer o samba”.
“Procuramos fazer um samba que fosse fortalecer o desfile da Tijuca, um samba para poder entrar para a história, para ser protagonista do desfile. E estou muito feliz com o resultado”, reforçou o sambista. Dudu Nobre também avaliou como “complicada” a forma como as disputas de sambas-enredo são feitas atualmente e declarou que o método de escolha precisa ser repensado, sobretudo pelas altas cifras envolvidas. “Vemos as parcerias gastando R$ 100, 120, 140 mil. Está muito complicado e isso tem que ser repensado”, clamou. “Provavelmente se Silas de Oliveira fosse vivo, disputasse samba enredo sozinho e não tivesse alguém para ajudar a fazer a coisa acontecer, provavelmente ele não iria ganhar a quantidade de sambas que ele ganhou. E é lamentável”, disse.
Outro ponto enfatizado pelo sambista foi o apoio da comunidade tijucana à sua obra. “Respeito muito as cores do meu coração. Respeito muito a Acadêmicos do Salgueiro, que foi onde comecei de verdade. Mas, este ano, eu sou Tijuca”.
Confira a entrevista exclusiva de Dudu Nobre à Rádio Arquibancada: