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Império da Tijuca escolhe samba
Parceria de Márcio André foi a campeã
ANDERSON BALTAR
O chão da Formiga tremeu. Com inteira justiça, após uma exibição arrebatadora, a parceria de Márcio André, Vaguinho, Rono Maia, Alexandre Alegria, Karine Santos e Marcão “Tatá” foi a campeã no Império da Tijuca. O samba, de refrão forte e melodia valente, conquistou a quadra e mostrou-se adequado a uma escola que vai abrir o desfile. O resultado saiu por volta das 5h20 deste sábado (28) e contagiou os segmentos da agremiação.
A quadra da Unidos da Tijuca recebeu um grande público. Em entrevista à Rádio Arquibancada, o presidente Tê garantiu que não haveria junção de sambas: “Nenhuma chance. Isso nunca aconteceu aqui e não acontecerá”, disse.
Abrindo a noite, o grupo de intérpretes de apoio do Império da Tijuca fez uma apresentação um tanto demorada de sambas antigos da escola do morro da Formiga. O motivo: o puxador Pixulé ainda não havia chegado na quadra, já que defendia samba concorrente em outra escola. Após a chegada do intérprete oficial, o samba de 2013 foi entoado para o bailar dos casais de mestre-sala e porta-bandeira e apresentação dos segmentos da escola.
O samba de Samir Trindade foi o primeiro a se apresentar. Antes de iniciar a apresentação, ele fez um discurso para a torcida e afirmou que ficou apreensivo ao saber que sua parceria seria a primeira a se apresentar e teria se tranquilizado ao se lembrar que a escola também será a primeira a desfilar. E motivou sua torcida: “Cantem como se estivéssemos na avenida!”.
O samba, com refrões fortes, melodia guerreira e grande torcida, iniciou a apresentação com muito gás. Grande parte das baianas da escola foram para o meio da quadra defender a obra. Na metade final da apresentação, o samba perdeu um pouco de sua força e as grandes mães da escola voltaram para o seu camarote.
Com uma torcida barulhenta e animada – que teve até uma batucada própria antes de começar a apresentação, o samba da parceria de Leco da Alerj iniciou com força e se sustentou bem durante quase todas as passadas. Mas não teve cara de campeão e nem muita adesão de quem não fazia parte da torcida.
O terceiro samba a se apresentar foi o da parceria de Alípio Carmo, defendido por Leonardo Bessa. As duas passadas sem bateria foram “jogadas” para a torcida, que respondeu bem. O artifício, que prejudica o entendimento do samba para os que o ouvem pela primeira vez, acabou impulsionando a apresentação da parceria, que começou com todo o gás. O samba se manteve na garganta dos torcedores durante toda a apresentação, mas não contou com a adesão da quadra.
A última parceria a se apresentar foi a de Márcio André. Antes de começar a apresentação, baianas com defumadores abriram os caminhos. Com Wander Pires comandando a massa, a torcida cantou à plenos pulmões durante as duas passadas sem bateria. Após a entrada da bateria, o samba manteve o pique e o encaixe com a bateria foi perfeito. A cada passada, a obra foi crescendo e conquistando mais adeptos na quadra, além dos segmentos da escola. Uma apresentação digna de samba campeão.
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