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Mangueira arrasta o povo e está na briga pelo bi
FRED SOARES
Brasilidade no mais alto grau. Assim pode ser definido o desfile da Mangueira que arrastou o povo neste amanhecer de terça-feira gorda.
O enredo sobre as influências religiosas nas manifestações folclóricas do Brasil teve uma enxurrada de soluções criativas, tanto no conceito de ideias como na execução plástica.
A começar pela comissão de frente, em que os santos católicos foram humanizados e, tal qual brasileiros, usaram e abusaram da galhofa na hora da apresentação dos jurados.
Depois daí, o banho do carnavalesco Leandro Vieira continuou nos setores seguintes em que ele passeou pelas festas religiosas, a relação com as entidades dos cultos afro -brasileiros e as manifestações de fé a alguns dos mais populares santos da igreja católica.
O ponto alto em termos de sensibilidade artística foi o tripé que, ao mesmo tempo, em posições opostas, retratava Cristo crucificado e Oxalá. Uma imagem que definitivamente entrou para a história dos desfiles.
No chão, animada pela perspectiva do bi gracas ao excelente trabalho de Leandro Vieira, a Manga foi a Manga de sempre. Um espetáculo de evolução, com um canto pra lá de vigoroso, com um baita samba levado por uma tremenda bateria.
O ponto negativo foi o buraco aberto na altura do supermódulo, após uma falha na condição do carro que representava a festa de São João.
Apesar disso, a Mangueira deixou a Avenida certa de pode ter muito o que comemorar neste 1° de março, dia do aniversário do Rio de Janeiro.
Ouça o samba da Mangueira ao vivo na avenida:
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