Só entende quem é Salgueiro

[vc_row][vc_column][vc_column_text]WIGDER FROTA

wigder-frotaAh, como é emocionante falar da Academia do Samba, Matriarca do carnaval carioca, pioneira, inovadora, explosiva.

Salgueiro, onde o “skindô skindô” não é “nem melhor nem pior, apenas diferente”; Salgueiro de Zumbi, Xica da Silva, Chico Rei, Quilombo dos Palmares; Salgueiro de Djalma Sabiá, Júlio – Xangô – Machado, Dona Iracema, Paula do Salgueiro, Meste Louro, Isabel Valença; Salgueiro do minueto, das burrinhas, do “Explode Coração”, do “Tambor” e tantos carnavais antológicos.

Vivi momentos delirantes com o Salgueiro em meus trinta e seis anos de avenida e, se fosse relatar todos em detalhes, poderia escrever um livro. Destaco dois, que marcaram a minha vida de “malandro batuqueiro”, e jamais sairam da minha memória:

– Primeiro, o semblante do saudoso Fernando Pamplona, todas as vezes que a sua amada escola desfilava; o gênio mudava de cor, de altura, de postura, era o delírio em sua forma mais autêntica… Lembro de correr para a frente dele quando a escola começava a desfilar, só para observar sua expressão. Hoje, ao recordar do êxtase do mestre, ainda caem lágrimas de saudades por ter o privilégio de ser testemunha de uma paixão tão real.

– Segundo, o que considero um dos momentos mais marcantes do carnaval carioca; o apoteótico “Peguei um Ita no Norte”, quando o Salgueiro trouxe, para todo o Sambódromo, uma explosão de alegria incomparável, nunca vista, arrebatadora. Dificilmente se repetirá tamanha emoção na Sapucaí.

Um fato me deixa curioso até hoje: é a única grande escola de samba em que nunca desfilei nas minhas 114 vezes de apaixonado folião, como participante de uma agremiação. Jamais entendi isso, creio que a cor de Xangô me deixa tímido, plebeu, curvado, reverenciando o Rei passar.

O amor Salgueirense é místico, intenso, diferente. Somente seus amantes poderão explicar, pois “dessa paixão que encanta o mundo inteiro, só entende quem é Salgueiro”.

VIVA A ACADEMIA DO SAMBA.

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 DECLARAÇÕES

“Raízes do Salgueiro
Um dia, filhos de reis de outras terras vieram ao novo mundo.
Foram morar em um espelho d’África, fincado em um morro erguido sobre a pedreira.
Sob os olhos de Xangô, nasceu, cresceu e se multiplicou uma dinastia de deuses do samba.
E assim o sangue alvirrubro se espalhou por corações que batem no ritmo marcado por um toque místico ancestral.
O corpo samba. A alma festeja.
É, Salgueiro… A grande árvore cujas raízes se plantaram no terreiro sagrado da vida, e que refloresce a cada carnaval.
É carne e espírito. É amor e paz. É vermelho e branco.”
(João Gustavo de Mello – Diretor do Departamento Cultural do Salgueiro)

“O abre-alas das moedas douradas do desfile “Em busca do ouro” (1988) e a voz poderosa de Rixxa foram definitivos no coração de um menino que, aos 4 anos, já acompanhava aquela festa pela TV. Aos 9 veio o primeiro desfile, ainda na Ala das Crianças, no Ita que explodiu o coração daquele garoto e de toda cidade. O jovem cresceu e aprendeu a amar ainda mais o Salgueiro da exaltação ao negro, dos personagens marginalizados, dos grandes carnavalescos, da revolução estética e musical, de histórias que beiram a poesia e balançam o coração da gente, das candaces e malandros batuqueiros que há 63 anos tingem a avenida de vermelho. É um prazer apresentar os feitos da Academia do Samba a um novo público através das redes sociais.”
(Daiv Santos – Torcedor, criador do Instagram Salgueiro Histórico e jornalista do portal Lá vem Salgueiro)

“O Salgueiro pra mim é uma paixão.
É o saudosismo de um passado que não vi.
É a lembrança gostosa do passado que vivi.
É a contínua preocupação do presente que vivo,
e do futuro que ainda vou ver.”
(Eduardo Pinto – Vice Presidente Cultural do Salgueiro)

“O Salgueiro pra mim é mais que amor à primeira vista. É amor e respeito à primeira vista. É chegar em uma escola e desde sempre aprender como lidar com suas particularidades. O Salgueiro foi meu professor, meu mestre… me ensinou, me ajudou e me mostrou diversas formas de fazer tudo direitinho.
Nada mais incrível que aprender com os melhores e da melhor maneira. O Salgueiro me ensinou a ser sambista.
É um ambiente tão maravilhoso que me deixa em paz e feliz… Realmente, esse clima, esse ambiente tão maravilhoso, só entende quem é Salgueiro”
(Eduardo Tannús Almuluk – Torcedor)

“Quando o coração de todos os salgueirenses explodiu na Marquês de Sapucaí, eu não tinha nem um ano de idade, então, nem vale dizer que a “modinha” me pegou. Ser Salgueiro vem de berço, vem de família, vem do amor. E amor não se explica, se sente, se vive. E eu vivo esse relacionamento sólido desde que me entendo por gente. Não tem um dia sequer de qualquer ano da minha jovem vida que eu não tenha pisado na mágica quadra da Silva Teles. Estar ali com todos os meus amigos, com todos os salgueirenses apaixonados, é reverenciar a história dessa agremiação que tanto se diferenciou por suas temáticas africanas e, claro, reverenciar todos os profissionais que ainda a tornam um ponto de referência carnavalesca. Entender o Salgueiro é vive-lo com a certeza de que, alheio ao campeonato ou não, todos os anos estaremos reunidos para celebrar a volta dos ensaios no meio do ano e reencontrar seus irmãos de sangue vermelho e branco. Entender o Salgueiro é saber que, quando chegar a Quarta-feira de Cinzas, vamos nos reunir para não deixar a harmonia acabar na dispersão. Entender o Salgueiro é amar o Salgueiro!”
(Igor Ricardo – Torcedor)

“De verdade é bem difícil explicar o que sinto ao ver meu salgueiro passar. Acho que esse sentimento nasceu lá no ano de 1999, quando eu com meus 9 anos, perturbei tanto meu tio porque queria desfilar no “Salgueirão” e não no Aprendizes. Enchi tanto o saco que ele me levou escondido no meio da ala no desfile das campeãs. De lá pra cá nunca mais perdi um desfile. Seja como ala das crianças, na ala dele ou mesmo hoje como diretor.
E o que eu achava que poderia ser apenas um amor de infância e logo logo iria passar, parece que nunca mais terá um fim. Coisa que Só Entende quem é Salgueiro!”
(Victor Brito – Diretor da Ala Raça Salgueirense)

“Ser Salgueiro me traz uma sensação de realeza… um rei, tipo Rei da França!
Esse sentimento não tem limite… pelas ruas ele vai, de lá pra cá, passando por todo Rio de Janeiro, da Praça Onze até a rua do Ouvidor, e nesse toque do tambor, como um bom salgueirense, eu sei que esse caso de amor é uma historia sem fim!”

(Leonardo Lourenço – Torcedor)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_gallery type=”image_grid” images=”19802,19803,19804,19805,19806,19807,19808,19809,19810,19811,19812,19813,19814,19815,19816,19817,19818,19819,19820,19821,19822,19823,19824,19825,19826,19827,19828,19829,19830,19831,19832,19833,19834,19835,19836,19837,19838,19839,19840,19841,19842,19843,19844,19845,19846,19847,19848,19849,19850,19851,19852,19853,19854,19855,19856,19857,19858,19859,19860,19861,19862,19863,19864,19865,19866,19867,19868,19869,19870,19871,19872,19873,19874,19875,19876,19877,19878,19879,19880,19881″][/vc_column][/vc_row]

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