Posted On

12
fevereiro
2019

Tunico da Vila será a atração do Carnaval de Cabo Verde

O sambista Tunico da Vila será a atração do Carnaval de Mindelo, na Ilha de São Vicente, capital cultural de Cabo Verde. No repertório muito samba brasileiro e ritmos africanos como o funaná, a morna e o semba. O show acontece no palco principal do evento, na terça-feira de carnaval, dia 5 de março, após o encerramento do desfile dos grupos.

“Cabo Verde é uma ilha musical cravada no Atlântico, com um povo irmão que troca musicalmente com o Brasil as riquezas dos sons e dos ritmos pelo mar. Esse vai e vem de ondas sonoras, dos batuques daqui, dos batukos de lá, do samba daqui, da morna de lá, tudo vem da mesma mãe, a África. Já tive na ilha do Sal e estou animado para conhecer o carnaval de Mindelo. Tenho contato com a música africana desde os anos de 1990 nas minhas andanças como músico por Angola, Cabo Verde e Portugal. Tive proximidade e fiz som com o Tabanka Jazz, Celina Pereira, Dom Kikas e o Tito Paris. Quero conhecer o samba que é feito na ilha. Passei por todos os naipes de bateria de escola de samba, minha alma é o samba que canto, a Vila Isabel e o candomblé que levo em meu peito, minhas referências negras que andam comigo. Eu respiro isso”, Tunico da Vila.

Cabo Verde é um país formado por dez ilhas vulcânicas na região central do Oceano Atlântico, na costa ocidental da África. O Carnaval de Mindelo ocorre na mesma data do carnaval brasileiro. Os grupos de carnaval, como são conhecidas as escolas de samba, estão vinculados aos bairros que pertencem como: Monte Sossego (bairro do mesmo nome) e Vindos do Oriente (Morada). O Carnaval de Cabo Verde recebeu o título de “Brazilim”, a ilha com cara de Brasil, cantada por Cesária Évora, artista de Cabo Verde conhecida internacionalmente. Entre os ritmos mais populares cabo-verdianos estão a morna que lembra o samba-canção, o funaná, o batuko e a coladera. “Os desfiles são inspirados no Rio, mas não são idênticos ao do Brasil, já evoluiu de uma maneira própria e adaptados a um jeito local de fazer samba”, falou Gláucia Nogueira, jornalista brasileira que pesquisa música cabo-verdiana há mais de 20 anos.

Veja Também

Artigos Relacionados

Categorias

Navegue por Assunto

Recentes

As Últimas da Arquibancada