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Viradouro e UPM são as favoritas do segundo dia da Série A
Any Cometti e Pedro Monteiro
No segundo dia de desfiles da Série A, as escolas que mais se destacaram foram Unidos de Padre Miguel e Unidos do Viradouro. Em comum, o primoroso acabamento das alegorias, a facilidade de interpretação dos enredos e uma boa recepção do público presente na Sapucaí.
Confira abaixo a análise de cada escola da noite:
Alegria da Zona Sul
Com o enredo “Bravos Malês – A Saga de Luiz Mahin”, a Alegria da Zona Sul teve a missão de abrir o segundo dia de desfiles da série A na Marquês de Sapucaí. A escola veio com alegorias e fantasias bem simples, mas nada que comprometa a escola. A comissão de frente veio com uma faixa pedindo por tolerância religiosa. Em função de alguns ventos na região da Sapucaí, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diego Machado e Alessandra Chagas, teve dificuldades em sua apresentação. O ponto alto do desfile foi o samba puxado por Igor Vianna.
A Alegria da Zona Sul passou com 54 minutos de desfile.
Santa Cruz
Segunda escola a passar no sábado de carnaval, a Acadêmicos de Santa Cruz enfrentou sérios problemas na realização de seu desfile. Alegorias tiveram dificuldades em fazer a curva para entrar na avenida; o último carro da escola chegou a abrir um buraco na avenida em frente à primeira cabine de jurados. Os ventos também atrapalharam o casal de mestre-sala e porta-bandeira Rogério Dornelles e Roberta Freitas. O ponto alto do desfile foi a volta do intérprete Quinho à Sapucaí. O ex-puxador do Salgueiro foi ovacionado assim que entrou na avenida.
A Santa Cruz terminou seu desfile com 51 minutos, dentro do tempo regulamentar.
Viradouro
A Unidos do Viradouro trouxe o enredo “Vira a Cabeça, Pira o Coração. Loucos Gênios da Criação”. A agremiação de Niterói impressionou com o tamanho de suas alegorias. Apesar disso, algumas enfrentaram problemas, o carro abre-alas apagou no meio da avenida. Outro destaque importante foi o intérprete Zé Paulo Sierra, que se fantasiou de Michael Jackson. A comissão de frente, simulando uma máquina da juventude, também foi um ponto positivo do desfile.
A Viradouro terminou o desfile aos 50 minutos.
Acadêmicos da Rocinha
Quarta a escola a desfilar, a Acadêmicos da Rocinha veio com o enredo “Madeira Matriz”. A apresentação da escola da Zona Sul enfrentou alguns problemas: o segundo carro teve dificuldades para entrar na avenida; quando conseguiu entrar, colidiu com a divisão com as cabines de rádio, danificando uma parte da alegoria. A escola ainda sofreu com a falta de algumas alas e com alas com fantasias incompletas. O ponto forte foi a comissão de frente que se apresentou com sombrinhas que voaram pelos ares com a ajuda de drones. Outro ponto foi o canto da escola, forte e consistente.
A Rocinha terminou o desfile com 53 minutos.
Acadêmicos do Cubango
O Acadêmicos do Cubango veio com o enredo “O Rei que Bordou o mundo”, sobre o Bispo do Rosário. A agremiação de Niterói teve como ponto forte o conjunto de fantasias, que estavam bem coloridas. O samba também foi bem cantado pelos integrantes. Apesar disso, enfrentou problemas com as alegorias: o segundo carro teve dificuldades para entrar na avenida. No final, a escola teve dificuldades de seguir com a dispersão devido ao tumulto de carros alegóricos de outras escolas. Alguns carros tiveram que ser serrados para passar.
O Cubango terminou seu desfile com 51 minutos.
Inocentes de Belford Roxo
Penúltima escola a desfilar, a agremiação da Baixada Fluminense foi para avenida com o enredo “Mojú, Magé, Mojúbà – Sinfonia e Batuques”. O samba foi bem defendido por Anderson Paz. A Inocentes de Belford Roxo fez um desfile correto, sem grandes preocupações. A comissão de frente representou as abayomi, bonecas africanas, que cativaram o público. No final do desfile, a escola fez uma homenagem a Mané Garrincha, nascido na cidade de Magé, com uma grande escultura do jogador.
A escola terminou seu desfile com 55 minutos.
Unidos de Padre Miguel
Fechando os desfiles da série A de 2018, a Unidos de Padre Miguel veio com o enredo “O Eldorado Submerso: Delírio Tupi-Parintintin”. Com grandes e bem acabadas alegorias, a escola se credencia ao título do Acesso em 2018. A porta-bandeira Jéssica Ferreira, que sofreu um acidente torcendo o pé no desfile de 2017, foi ovacionada por toda a avenida. Após o acidente do ano passado, o casal, formado por ela e por Vinicius Antunes, fez uma apresentação sem erros.
A escola terminou o seu desfile com 54 minutos.
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